sexta-feira, 17 de agosto de 2012

TRÁFICO


Como funciona o tráfico de drogas:
              O narcotráfico no Brasil e no mundo é principalmente de cocaína e de maconha. Há três tipos de rotas de tráfico no Brasil: rotas caseiras, rotas internacionais e rotas mistas
              Rotas Caseiras: A droga circula dentro do território do país, com a finalidade de suprir a quantidade de droga consumida pelos brasileiros.
              Rotas Internacionais: nelas a droga apenas passa pelo Brasil que é uma região estratégica e é usada como se fosse um corredor das drogas, tendo como destino os Estados Unidos e a Europa
              Rotas Mistas: nelas, as drogas vêm de outro país ao Brasil e parte fica no país para consumo interno e a outra parte vai para o exterior.
              Em relação à cocaína e à maconha, a demanda interna brasileira é grande, dessa forma, o Brasil não consegue produzir o suficiente para compensar a demanda interna e por isso precisa importar de outros países. O país que mais fornece cocaína para o Brasil é a Colombia e o Paraguai é o principal fornecedor de maconha.
              Por causa de sua grande fronteira, o governo vem tendo dificuldades bastante grandes para controlar a entrada e saída de drogas no país. Apenas por terra são mais de 16 mil quilômetros de fronteira. Muitos rios são rotas entre o Brasil e outros países e também servem como rota interna.
              A entrada do entorpecente no Brasil é só uma parte da rota das drogas no Brasil, essa rota passa por vários processos desde a produção até a chegada ao consumidor final.
              O plantio da maconha se dá normalmente no Polígono da Maconha que fica entre o sertão de Pernambuco e a Bahia, perto do rio São Francisco. Aproximadamente 40 mil pessoas, entre elas cerca de 10 mil crianças e adolescentes trabalham em torno 12 horas ao dia, 6 meses ao ano no plantio, cultivo e colheita da maconha e da cocaína.  Nessa área são produzidas mais ou menos  4 mil toneladas a cada ano.     Após ser colhida a maconha passa pela secagem, e a cocaína é  vinda da Colombia. Depois disso, a droga é passada para o atravessador, um homem que a leva até os principais centros urbanos, deixando-a quase pronta para o consumo.
              Para você ter uma maior proporção do valor que as drogas chegam, vamos usar o exemplo da cocaína. O quilo de cocaína no país de origem, Colômbia custa 2 mil dólares, chega ao Brasil por 4,5 mil dólares, e pode chegar no Oriente Médio e no Japão atinge a seu maior valor: 80 mil dólares o quilo.
              Ao chegarem as drogas nas mãos do traficante, começa a distribuição até chegar ao consumidor final, são eles das mais variadas classes sociais, ricos e pobres, que são a base do lucro dos traficantes.
 
  Do traficante até o consumidor
              A droga passa pelas mãos do químico, cuja função é batizar a droga (adicionar determinada substancia à droga para aumentar a produtividade). Com as drogas em suas mãos, o traficante escolhe o local será o ponto de venda, a ‘‘boca de fumo”. Com isso, são contratados jovens, os “fogueteiros” que ficam em pontos estratégicos, com fogos de artifício para serem acionados no momento em que as drogas chegam e ficam à disposição e quando a chega a polícia. O dono do local da venda contrata os “soldados” ou “vapores”, que vendem a droga aos usuários; muitas vezes crianças têm que exercer essa função e são chamadas de aviões. Outros empregados do tráfico são “esticas” que são aqueles que vendem as drogas em lugares mais movimentados como faculdades, boates, bares e condomínios. A venda de drogas é realizada em tempo integral, sendo que durante o dia inteiro há um revezamento de 12 horas. Em algumas favelas existe ainda o chamado “drive-thru” das drogas. Os traficantes se estabelecem em um ponto e os "clientes", de carro, passam, pagam e pegam a droga. Em São Paulo e no Rio, há também outro tipo de comércio, o serviço “delivery”. O cliente telefona para o número vendedor e em pouco tempo um motoboy chega com o "pedido", que pode ser entregada em qualquer lugar que for combinado.
              O Brasil além de ser um grande consumidor e produtor de drogas, é também um grande ponto estratégico na rota da droga pelo mundo, principalmente mandando narcóticos aos Estados Unidos e à Europa. No mesmo "pacote" do tráfico de drogas vem o tráfico de armas.  Nessa negociata, os delinquentes pagam o que consomem, com trocas de produtos.
 
              Um exemplo é o caso da rota Brasil-Suriname: os traficantes do Brasil vão até o Suriname, onde adquirem armamento, pagando com drogas. Pelo Suriname que entra no nosso país considerável parte das armas feitas na Europa, como o fuzil AK-47 e metralhadoras antiaéreas asiáticas. Armas essas, que despertam interesse nos traficantes brasileiros e a facções criminosas, como o Primeiro Comando Capital (de São Paulo) e o Comando Vermelho (do Rio de Janeiro), para permanecer com o controle dos pontos de drogas e dos crimes.
              Seduzidos por promessas de dinheiro fácil e rápido, status, carros e festas, jovens sem perspectivas ou que preferem buscar o "sucesso" fácil, entram no mundo do tráfico e normalmente não acham o caminho de volta e viciados terminam bancando o luxo do tráfico com a própria vida.

 O caminho das drogas pela América do Sul

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