sexta-feira, 17 de agosto de 2012

TRATAMENTO


              O diagnóstico para a dependência do uso de drogas é caracterizado por uma variedade de sintomas que indicam prejuízos e comprometimentos para o indivíduo. O seu consumo e dependência é considerada uma doença crônica e que acompanha o indivíduo por toda a vida. O tratamento é voltado para a diminuição desse sintomas, e acima de tudo da busca de um novo estilo de vida.
              Os profissionais que trabalham com indivíduos usuários de substâncias psicoativas tem que conhecer os efeitos agudos e crônicos das drogas de abuso, suas formas de uso, a prevalência e os padrões de uso mais típicos.
              Atualmente, considera-se que os indivíduos que apresentam problemas com droga compõem grupos variados e necessitam de tratamentos diferentes. É essencial que o paciente tenha motivação para a mudança.
              Dificilmente há a procura do tratamento. Assim, o primeiro passo para o tratamento é alcançar um nível de participação e motivação suficientes para manter um tratamento a médio e longo prazo. As principais razões de procura do tratamento são:  complicações médicas (p. ex. convulsões), ocupacionais (perda do emprego), interpessoais (divórcio,imposição familiar), legais (sentença judicial), financeira (dívidas), ou pisiquiátrica (depressão ou alucinações decorrentes do consumo).
              Costuma-se propor três objetivos ordenados: abstinência, melhora da qualidade de vida e prevenção de recaídas.
             
              Quando encaminhar ao especialista? Quando apresentarem, principalmente, as seguintes características:
              1. suspeita de outras doenças psiquiátricas;
              2. não melhoraram com os tratamentos anteriores;
              3. tiveram múltiplas tentativas de abstinência sem sucesso.
             
              É no primeiro contato do paciente com o serviço assitencial que acontece a avaliação cuidadosa e mais completa possível do caso, essencial para que o paciente possa receber ajuda. O objetivo é obter a descrição detalhada para a situação do usuário.

O histórico clínico do paciente deve conter obrigatoriamente:
  • Drogas já utilizaadas e as que atualmente consome;
  • Utilização destas junto com outra substância;
  • A via de uso atual e anteriores;
  • Quantidade consumida no último ano, mês e semana, a dose diária;
  • O volume de gasto de dinheiro relacionados ao vício;
  • Frequência que ocorre o consumo da droga;
  • Histórica de vida do paciente,para saber o que pode ter levado o paciente a experimentá-las, sua progressão, o surgimento dos prejuízos relacionados, a busca do tratamento;
  • Consulta com um parente para que se possa obter informações como  por exemplo se há contribuição na família para o consumo e também para auxiliar o paciente nos primeiros passos de abstinência;
  • Avaliação física e psíquica;
              Estes fatores indicam a compulsão do indivídio para o consumo. As situações onde ocorre a ingestão são importantes para a previsão de possíveis fontes de recaída durante o tratamento.
 
              Comorbidades pisciquicas: O uso de drogas pode ser causa e/ou conseqüência de sintomas psiquiátricos. Quando a presença desses sintomas demonstra representar uma doença independente, além do transtorno pelo uso das drogas, é caracterizado por duplo diagnósticos ou comorbidade.

              Há sete regras básicas que ajudam o paciente a se tratar da cocaína e que também são válidas para outras drogas:
  1. O momento de parar é agora;
  2. Deve-se parar o consumo;
  3. Parar todas as drogas de abuso;
  4. Mudar o estilo de vida;
  5. Sempre que possível evitar situações, pessoas e ambientes que causem fissuras;
  6. Procurar outras fontes de prazer;
  7. Cuidados pessoais: aparência, alimentação, exercícios, etc.
 Tipos de tratamento:
              A gravidade do uso determina o tipo de tratamento necessário para o paciente. A seguir os principais modelos de tratamento utilizados:

-Desintoxicação: os objetivos são alívio dos sintomas existentes; prevenção do agravamento do quadro (convulsões, por exemplo); comprometimento do indivíduo no tratamento. Pode ser feita em três níveis: tratamento ambulatorial, internação domiciliar e internação hospitalar.

-Grupos de auto-ajuda: Narcóticos Anônimos (NA). Os grupos são gratuitos e amplamente disponíveis em todo o País. Servem de apoio ao dependente químico, pois se orientam pela experiência dos demais participantes e pela identificação com eles.

-Comunidades Terapêuticas: utilizam uma filosofia terapêutica baseada em disciplina, trabalho e religião.

-Tratamento Farmacológicos: funciona com a prescrição de medicamentos, por profissionais da área médica. Tem os objetivos de: tratar sintomas da intoxicação e da abstinência;substituir o efeito da substância, fazer efeito contrário à droga, causar aversão à droga.

-Prevenção a recaídas: objetiva treinar as habilidades/estratégias de enfrentamento de situações de risco,além de promover amplas modificações no estilo de vida do indivíduo.

-Terapia de grupo: alternativa para atender um maior número de pessoas, num menor tempo, e, portanto, com  um custo mais baixo.

-Terapia de família: utilizada quando se percebe que o conflito familiar interfere diretamente no tratamento. Objetiva aprimorar a comunicação entre cada um de seus componentes.

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